Com palavras encorajadoras e um discurso de união, Daniel Mendez, presidente da ABERC (Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas) e fundador da Sapore, abriu o seminário “Mercado de Alimentação Coletiva: tendências e desafios”.
De acordo com Mendez, o setor de refeições corporativas funciona como um elo para a cadeia de empresas alimentícias.
Daniel Mendez: “As ações do nosso setor refletem no mercado e impactam no futuro da alimentação. Por isso, é importante que a ABERC debata temas que atingem toda a cadeia. Não adianta uma empresa do setor de refeições coletivas ser forte; todas têm que ser, assim como nossos fornecedores e clientes”.
O presidente da entidade falou sobre as projeções da economia nacional, as tributações, a reforma tributária e como é importante que tudo isso seja exposto de forma clara, para que as empresas saibam qual caminho seguir diante dos diversos cenários. Ele também destacou a inovação como norte para o constante crescimento do setor.
“Na pandemia, o consumidor começou a olhar mais para os serviços. Agora, ele é mais questionador, mas também mais sensibilizado. Ele consegue enxergar todos os nossos processos, reconhecer o que é feito de bom, mas também aponta o que não está. E a inovação – e aqui não falo apenas da tecnologia, mas como um todo – vai nos ajudar a melhorar a experiência do cliente e do consumidor, e a relação com os recursos naturais.”
A reforma tributária e como ela pode impactar no ramo de refeições coletivas foi um dos debates promovidos no evento. Por isso, a entidade apresentou um documento com as demandas do setor que será encaminhado ao Congresso Nacional. O documento propõe uma revisão abrangente para a modernização do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O objetivo é adequá-lo à realidade atual do mercado de trabalho, visando garantir relações mais compatíveis entre trabalhadores, empresas e o governo.
O deputado federal José Mendonça (União Brasil-PE) esteve no evento e garantiu que ajudará nas conversas entre a entidade e seus colegas parlamentares.
José Mendonça: “Eu entendo que o setor contribui para o desenvolvimento do país. Por isso, eu me comprometo a abrir as portas para esse diálogo tão importante”.
Atualmente, a dimensão e a importância do setor na economia nacional podem ser medidas a partir dos números gerados pelo segmento: o mercado de refeições coletivas, como um todo, fornece para o setor privado – empresas, escolas e hospitais – aproximadamente 14 milhões de refeições por dia e movimenta uma cifra superior a R$ 30 bilhões por ano. Além disso, gera 285 mil empregos diretos e consome, diariamente, um volume de 7,5 mil toneladas de alimentos.
Ao governo federal, o setor representa uma receita potencial de tributos da ordem de R$ 4,47 bilhões anuais, entre impostos e contribuições. Estima-se, também, que, atualmente, o segmento fornece refeições para 17,5% da população brasileira, diariamente. Também elabora e serve parte relevante das 35 milhões de merendas escolares servidas, conforme números informados do PNA/FNDE.
Do volume de refeições coletivas servidas diariamente em 2022, cerca de 60% foram fornecidas por empresas associadas à ABERC.
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