Inflação de alimentos: três capitais tiveram aumento acima dos 10% em 2024, diz IBGE
Inflação de alimentos dói mais no bolso das famílias mais pobres; entenda
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é focado na variação do custo de vida de renda de vida mais baixa, até cinco salários mínimos e cuja principal renda é o trabalho assalariado
O apelo social e a vocação para alimentar pessoas, tem sido um importante “drive“ em nossa cultura empresarial; alimentar 38 milhões de brasileiros diariamente, é uma tarefa que exige competência, determinação e despojamento, na medida que colocamos o bem estar das pessoas à frente do capital.
Contudo, a situação é por demais desesperadora quando nos deparamos, com aumentos expressivos das matérias primas alimentares (os insumos) que entram na composição de um prato de comida.
E vejam que, em janeiro de 2025, alguns itens obrigatórios na composição de uma refeição, em percentuais comparados com dezembro 2024, continuam em uma crescente:
- Café em pó: 6,31
- Massas em geral: 1,23
- Frango: 2,12
- Tomate: 19,30
- Cenoura: 26,66
- Batata lavada: -5, 63
- Cebola: 9,28
- Ovos: 2,54
Como conviver com aumentos de preços dos alimentos que em 12 meses, se aproxima, em média, do percentual de 9%.
Importantes organizações que apuram e balizam o comportamento de diversos itens que compõe uma refeição, registraram, e isto é ainda mais alarmante, os seguintes aumentos das proteínas, item obrigatório no prato do brasileiro, no período de 12 meses:
- Boi Gordo 36,6 %
- Frango 32,8 %
- Carne Suína 33,4 %
Rogerio Vieira, vice presidente da Aberc confirma que em consulta aos seus associados, os quais representam 60% do mercado de fornecimento de refeições para coletividades, a total insatisfação de todos com o movimento de alta nos insumos que observamos neste último período de 12 meses, sem contabilizar ainda os aumentos que certamente virão com o aumento do diesel que entra diretamente na cadeia logística de abastecimento de tudo que compramos para os restaurantes.
Esta situação, vem corroendo já de muito as margens que o negócio deveria gerar, levando as empresas associadas da ABERC a buscarem seus clientes propondo uma revisão nas condições comerciais imediatamente, sob pena de prejudicar o que mais preservamos no nosso negócio que é a qualidade do que servimos.
Diferentemente da dona de casa que possui a liberdade de trocar de produto/insumo para organizar a alimentação de sua família, a nossa atividade impõe regras rígidas quando a quantidade e o cardápio do que é servido bem como da sua qualidade e procedência.
Nos resta um apelo ao bom senso de nossos clientes, apoiando o nosso movimento e na adoção de alguma das seguintes medidas emergenciais.
- Fazer valer a clausula que permite a repactuação de preços diante de fatores macro econômicos alheios a vontade dos operadores;
- Promover a revisão dos cardápios;
- Renegociar a gramagem e a tabela de incidência;
- Renegociar os preços;
- Desenvolver novos produtos junto a seus fornecedores;
- Implementar campanhas para reduzir o desperdício;
Negociar é a palavra de ordem e nós aqui na ABERC / FENERC estaremos municiando a todos com informações para maximizar o seu sucesso.
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